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Neto de Ellen G. White Revela Conspiração Pró-Trindade na Montagem do Livro Evangelismo

Ellen G. White não pôde revelar detalhes sobre a infiltração da doutrina da trindade na igreja adventista, cujo mentor principal foi LeRoy Edwin Froom, porque ela faleceu antes dele. Existem, porém, nos livros dela muitas referências às doutrinas que o Dr. John Kellogg tentou impor à igreja, principalmente as descritas na obra: The Living Temple.

A serva do Senhor chamou de Alfa a crise levantada por Kellogg e previu que viria uma crise maior à qual ela se referia como o Ômega da Apostasia. Embora não se possa afirmar com total clareza, tudo indica que essa grande crise que Ellen G. White previu para a IASD é a infiltração da doutrina da trindade.

Existem alguns textos  de leigos que afirmam que houve manipulação ou mesmo falsificação de alguns textos do livro Evangelismo, mas até ontem eu não tinha lido nenhum texto que confirmasse uma conexão entre LeRoy Edwin Froom e os textos falsos do livro Evangelismo. Mas o que eu não sabia nos foi revelado não pela Sra. White, porém por seu neto Arthur L. White.

O livro Assuntos Contemporâneos em Orientação Profética – Antologia de Artigos e Monografias, compilado por Roger W. Coon, na época, Secretário Associado do Patrimônio Literário Ellen G. White em Washington e Professor Adjunto de Orientação Profética, na Andrews University, EUA, traduzido por Rosângela Rocha e editado pelo Centro de Pesquisas Ellen G. White, do Instituto Adventista de Ensino de São Paulo, publicado em 1988, cujo titulo original é ANTHOLOGY OF PUBLISHED ESSAYS AND MONOGRAPHS ON CONTEMPORARY ISSUES IN PROPHETIC GUIDANCE, traz um artigo do neto de Ellen White, Arthur L. White intitulado: “Em defesa das compilações”.

Esse material, como você verá abaixo, revela claramente a ligação entre LeRoy Froom e o livro Evangelismo, o que evidencia que a suspeita de que houve falsificações neste livro é correta, já que o Pastor LeRoy Edwin Froom foi o introdutor da doutrina da trindade na IASD e foi o responsável pela edição do livro que é acusado de conter textos falsificados sobre a trindade.

Do texto do neto de Ellen White, transcrevemos os seguintes tópicos:

EM DEFESA DAS COMPILAÇÕES - Arthur L. White

Um dia, em agosto de 1944, R. A. Anderson e L. E. Froom, representando a Associação Ministerial de A. G., entraram em meu escritório no White Estate. “Há nos arquivos do White Estate, conselhos específicos sobre o ministério evangelístico,” perguntaram eles “que poderiam ser reunidos e publicados num único volume?” Salientaram que além de um capítulo aqui e ali, em Obreiros Evangélicos e nos Testemonies, não havia lugar para onde um evangelista pudesse voltar-se convenientemente para receber orientações. Conseqüentemente, não poucos evangelistas serviam de lei para si mesmos, com vários graus de sucesso em seu trabalho. Anderson e Froom desejavam ajudar a trazer maior uniformidade aos esforços evangelísticos da igreja.

Esses líderes vieram a mim como principal administrador executivo do White Estate porque anteriormente já havíamos publicado nove compilações dos escritos de Ellen White. Uma vez que as compilações têm provocado comentários – e mesmo um pouco de controvérsia em alguns países – pode ser instrutivo contar novamente quando as compilações das obras de Ellen White começaram, quantas há ao todo, porque foram publicadas e como foram editadas para evitar que fossem influenciadas por idéias pré-concebidas dos editores.

Depois da morte de Ellen White, seu filho e meu pai, W. C. White, continuaram a supervisionar as compilações de seus escritos, começando com Conselhos sobre Saúde. Quando sucedi meu pai como secretário executivo do White Estate, a obra de compilação dos escritos da Sra. White continuou. Quando Anderson e Froom vieram a mim fiquei feliz em recomendar que a Mesa Administrativa do White Estate aprovasse uma compilação sobre evangelismo. Eu sabia que a própria Ellen White a teria aprovado.

A produção dessa compilação – nem a primeira nem a última preparada no White Estate – foi típica, “À luz dos desejos e do próprio costume de Ellen White, a mesa do White Estate olhou com simpatia o pedido de Anderson e Froom e solicitou que eu investigasse a exeqüibilidade da compilação do livro Evangelismo. Dediquei algumas horas à busca de material – cartas de conselhos a vários evangelistas, artigos em Obreiros Evangélicos, nos Testemonies e artigos de revistas. Informei à mesa e a Anderson e Froom, que existia vasto material.

Alguns dias mais tarde a comissão consultiva da Associação Ministerial apresentou aos Depositários White um pedido oficial para a preparação e publicação de uma compilação desses conselhos aos evangelistas e instrutores bíblicos. O conselho de depositários, em sua reunião de 10 de setembro de 1944, tomou o seguinte voto:

“VOTADO: que, em harmonia com a recomendação da Comissão consultiva da Associação Ministerial, autorizamos a compilação de um manuscrito “Conselhos para Evangelistas e Instrutores Bíblicos” (mais tarde redenominado Evangelismo), devendo a obra ser feita por uma comissão de cinco pessoas apontadas pelo presidente. A comissão apontada foi a seguinte: A. L. White, W. H. Branson, R. A. Anderson, Srta. Louise Kleuser, J. L. Shuler.”

Mesmo durante o processo de seleção, foi fácil ver onde Ellen White colocava ênfase. Um esboço geral do assunto emergiu naturalmente, levando-nos a estabelecer 22 divisões gerais (mais tarde reduzidas a 20).

Um parágrafo das atas do White Estate de 2 de maio de 1945, sete meses após o início do trabalho, dá uma idéia quanto ao andamento do projeto: “O secretário salientou que o manuscrito do novo livro “Conselhos para Evangelistas” (mais tarde denominado Evangelismo) está tomando forma, e estão sendo feitos arranjos para uma comissão de leitura. Foi sugerido que a comissão seja uma comissão que sirva tanto os administradores da A. G. como a Associação Ministerial e os Depositários White. Foi apontada a seguinte comissão: W. H. Branson, L. K. Dickson, F. M. Wilcox, R. A. Anderson, J. L. Shuler, T. Carcich, D. E. Venden, C.  A. Reves e T. G. Bunch.”

Os nove leitores do manuscrito sugeriram principalmente o que colocar nos títulos marginais e chamaram a atenção para algumas poucas declarações adicionais de Ellen G. White. Em sua forma virtualmente final, foram mimeografadas vinte e cinco cópias e o manuscrito ajustado foi submetido ao conselho dos depositários do White Estate (e outras pessoas) para sua aprovação final da reunião de 25 de outubro de 1945. As atas desta seção descrevem o livro:

“Uma análise do manuscrito indica que ele contém 200.785 palavras, e se editado com tipos, semelhantes aos de Testemunhos para Ministros, dará um volume, incluindo o índice e a página de rosto, de aproximadamente 675 páginas. Ao analisar o conteúdo, o secretário salientou que 50% do material é extraído de arquivos de manuscritos, 24% dos artigos de revistas, Special Testemonies e obras já fora de circulação, e 26% dos livros atuais de E.G.White. Assim 74% dos manuscritos apresentam materiais que não estavam disponíveis antes da publicação desse volume.”

Quatorze meses depois que foi decidido fazer uma compilação, o livro Evangelismo foi publicado. Tem sido bem vendido, servindo efiscazmente como guia e inspiração àqueles que trabalham no ministério evangélico. -- Arthur L. White.

COMENTÁRIOS 

Depois de ler esse texto concluí que,além do livro ter sido falsificado posteriormente como afirmam alguns pode também ter sido editado com alterações em sua primeira edição inclusive com relação à doutrina da trindade já que quem ordenou sua edição foi o mesmo pastor que introduziu a doutrina da trindade na igreja.

Vou fazer alguns comentários sobre algumas conclusões a que cheguei e peço aos irmãos  que pesquisam o assunto que complementem esse texto com suas observações, pois não sou especialista no assunto, sou apenas um pesquisador leigo,  e posso ter cometido erros ou deixado de observar algum aspecto interessante.

Arthur L. White dá a impressão que sabia que essa compilação ia sofrer alterações tanto que escreveu: Uma análise do manuscrito indica que ele contém 200.785 palavras.

Arthur  L. White cita cinco vezes o nome de Froom, deixando bem clara a grande participação de LeRoy Edwin Froom na edição dessa compilação.

Arthur deixou bem claro que R. A. Anderson e L. E. Froom  participaram ativamente da edição dessa compilação.

Arthur deixa bem claro que Anderson e Froom foram os mentores do livro Evangelismo.

Arthur deixa bem claro que Anderson e Froom não só sugeriram a edição do livro como também acompanharam atentamente todos os passos de sua edição.

Artur deixa claro que Anderson e Froom fizeram o pedido da edição do livro representando a Associação Geral e que o livro foi compilado em harmonia com a recomendação da Associação Geral.

Arthur ainda declara que “alguns dias mais tarde a comissão consultiva da Associação Ministerial apresentou aos depositários um pedido oficial para a preparação e compilação de um manuscrito”. Ou seja, se Froom e Anderson fizeram parte dessa comissão consultiva e, se foram eles que pediram a publicação da obra, oficialmente o pedido é de Froom, o falsificador de doutrinas e compilações.

Parece-me muito claro que esse livro foi editado com o objetivo de ter-se um livro de Ellen White que defendesse a doutrina da trindade, a qual se estava infiltrando na IASD. Tal obra não existia e era preciso criá-la para dar credibilidade a doutrina católica no seio da IASD.

Porém, para não ficar evidente que o mesmo pastor que introduziu a doutrina da trindade na IASD era o mesmo que tinha acompanhado a edição do livro Evangelismo, oficialmente só aparece o nome de Anderson.

Anderson participou primeiramente de uma comissão de cinco pessoas e depois participou de uma comissão de nove pessoas, portanto Anderson sendo a pessoa de confiança de Froom foi o representante  de Froom na edição da obra, já que Froom não poderia aparecer como um dos compiladores do livro Evangelismo, porque poderia ser acusado de falsificar uma doutrina e manipular uma compilação para justificar uma doutrina falsa.

Em outra parte do texto, Arthur L. White  revela que além das nove pessoas da segunda comissão o manuscrito foi submetido a outras pessoas não identificadas, uma delas pode ter sido Froom. Parece-me ser exatamente essa a impressão que Arthur  L. White quis passar ao escrever dessa forma.

Quem era o pastor Anderson? Por acaso ele fez parte da comissão que votou a doutrina da trindade dentro da IASD?

Depois de ler esse texto revelador passei a observar alguns aspectos do livro Evangelismo.

O sub-título que fala da trindade está escrito da seguinte forma: “Explicações falsas acerca da doutrina da trindade”. Esse titulo parece falso e forçado. Como explicou Artur L. White, o livro Evangelismo é dividido em vinte seções, sendo que cada uma tem um tema específico.

A  décima quinta seção, por exemplo, tem como tema: “Evangelismo do Canto” e  aborda os seguintes tópicos: Ministério do Canto; A Música no Evangelismo;  O Evangelista Cantor; Por ênfase no canto do evangelista pela congregação; Os membros do corpo musical e Admoestações Oportunas. Ou seja, o tema da seção é música e todos os tópicos tratam de música!

No entanto, na décima oitava seção, ou seja, na seção onde se encontra o tema: “Explicações Falsas acerca da Trindade Divina”, o tema da seção é: “Lidar com a falsa ciência , e com os falsos cultos, ismos e sociedades secretas”.

A princípio, nesse subtema, aborda-se a introdução de falsas doutrinas espíritas na igreja; depois, fala-se das teorias panteístas e espiritualistas, várias formas de espiritismo, fanatismo e extremismo, explicações falsas acerca da trindade divina e, por fim, o mundanismo e misticismo, que existem em sociedades secretas.

O que tem a ver introdução de falsas doutrinas, abordando especificamente as falsas doutrinas do  espiritismo e sociedades secretas com explicações falsas acerca da trindade divina? Observa-se que nessa seção não existe apenas um tema como as outras, mas três: espiritismo, sociedades secretas e defesa da doutrina da trindade.

O tema sociedades secretas, pode ter ligação com espiritismo já que nesse tipo de sociedade existem filosofias espíritas ou espiritualistas. Mas o tema trindade, não tem nada a ver com espiritismo ou sociedades secretas. Tive a impressão de  que o título “Explicações falsas acerca da trindade divina” nada tem a ver com a seção onde foi inserido a não ser que a doutrina da trindade seja uma introdução de falsa doutrina na igreja!

Tentando ser mais claro, tenho a impressão que esse capitulo “Explicações falsas acerca da trindade divina”, simplesmente foi implantado no meio de temas referentes a espiritismo e sociedades secretas.

Uma outra observação é que os temas que tratam de doutrinas encontram-se na oitava seção: “Pregar as verdades características”. Se a doutrina da trindade fosse uma verdade característica, estaria nessa seção e nunca na secção dedicada ao espiritismo.

Há também uma parte do texto de Arthur L. White, na qual ele informa que os nove leitores do manuscrito sugeriram principalmente o que colocar nos títulos marginais e essa informação indica que os títulos e subtítulos da seções não são de autoria de Ellen White, mas o título “Explicações falsas acerca da trindade divina” deixa o leitor menos informado com a impressão de que o título é de autoria de Ellen White.

O livro Evangelismo contém muitas verdades, porém dá a impressão que alguns pastores queriam sua publicação para que em meio a suas verdades, fosse introduzida uma falsa doutrina, ou seja, a velha tática satânica de misturar verdade com  erro.

Falsificaram a mensagem de Ellen G. White, mas Deus nos mostrou através de seu neto, Arthur L. White, que Leroy Edwin Froom estimulou a edição do livro Evangelismo para transmitir a impressão que a serva do Senhor defendia essa doutrina espúria.

“Porque surgirão falsos cristos (doutrina da trindade)  e falsos profetas  (pastores falsificadores de livros religiosos) operando grandes sinais e prodígios  para enganar se possível os próprios eleitos (IASD)”. Mateus 24:25.

 

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